"Com um amplo semicírculo de espuma, e luzes cintilantes, e braços de água verde, o grande açude fechava o remanso de margem a margem, agitando toda a tranquila superfície com remoinhos, fazendo pairar listras de espuma e cobrindo todos os outros sons com o seu suave e solene rumor. A meio da corrente, envolta no tremeluzente abraço do açude, havia uma ilhota, ladeada de salgueiros, bétulas e amieiros. Tímida e reservada, mas cheia de sentido, escondia atrás daquele véu algo que parecia defender, guardando-o até chegar o momento e, com esse momento, os que fossem chamados e escolhidos."
O Vento nos Salgueiros, Kenneth Grahame, Trad. Júlio Henriques
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