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31.3.09
30.3.09
Seaweed III- the tail
Finalmente completa, ondulante e maleavel (com interior revestido a baeta de algodão). A cauda é feita a ponto alto com linha de algodão matizada em tom mais escuro do que o do cabelo.
E ao fazê-la fui-me lembrando da Novidade de Gilberto Gil:
A novidade veio dar à praia,
na qualidade rara de Sereia
metade busto de uma deusa Maia,
metade um grande rabo de baleia;
a novidade era o máximo do paradoxo,
estendido na areia,
alguns a desejar seus beijos de deusa,
outros a desejar seu rabo p'rá ceia.
Oh, mundo tão desigual, tudo é tão desigual
Oh, de um lado esse carnaval, do outro a fome total.
E a novidade seria um sonho,
o milagre risonho da Sereia,
virava um pesadelo tão medonho,
ali naquela praia, ali na areia;
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado,
estraçalhando uma Sereia bonita,
despedaçando sonho p'ra cada lado.
Oh, mundo tão desigual,
tudo é tão desigual...
na qualidade rara de Sereia
metade busto de uma deusa Maia,
metade um grande rabo de baleia;
a novidade era o máximo do paradoxo,
estendido na areia,
alguns a desejar seus beijos de deusa,
outros a desejar seu rabo p'rá ceia.
Oh, mundo tão desigual, tudo é tão desigual
Oh, de um lado esse carnaval, do outro a fome total.
E a novidade seria um sonho,
o milagre risonho da Sereia,
virava um pesadelo tão medonho,
ali naquela praia, ali na areia;
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado,
estraçalhando uma Sereia bonita,
despedaçando sonho p'ra cada lado.
Oh, mundo tão desigual,
tudo é tão desigual...
27.3.09
Teatro
26.3.09
25.3.09
Seaweed...
Cabeça de boneca em Crochet, com malha alta, em algodão branco sujo, com cabelos em cordão simples, em linha de algodão mesclada a tons de verde. O brilho dos olhos é dado por lantejoula branca e, tanto estes como a boca, são em feltro, apostos a ponto de festão separado.
... ela própria tem indicado a caminho a seguir... para já, parece que vai ser uma sereia, não?
24.3.09
Saco Japonês
Saco de alça dupla, com fecho de correr, em tecido de algodão verde marinho, lilás e rosa e seda japonesa estampada.
E um Haiku para condizer:Pirilampos
Sobre o espelho da ribeira.
Dupla barragem de luz
Herberto Helder, Quinze Haikus Japoneses, O Bebedor Nocturno, poemas mudados para português, Poesia Toda, 1996
23.3.09
Adoro SCONES
Adoro Scones porque sou naturalmente gulosa, porque não passo sem pão e porque, como tem quase nenhum açucar são bons para a Cuca. A maior parte das receitas de Scones tem ovo na sua constituição, o que é uma enorme corruptela em relação à receita e finalidade originais: os Scones são destinados a servir ao lanche como um género de pão mais delicado, servidos com manteiga ou lemmon curd e acompanhados de chá... (e, talvez, um "farrapinho" de leite!!)
Esta é a receita original, oferecida por uma generosa, provecta e orgulhosa cidadã britânica:
Ingredientes:
. farinha com fermento ----- 225 gr.
. fermento -------------------- 1 colher de chá rasa
. manteiga -------------------- 50 gr.
. açucar ----------------------- 20 gr.
. leite ------------------------- 125 ml.
. limão ------------------------ 4 a 5 gotas
. baunilha (opcional) ------- -uma pitada
Confecção:
Misturar a farinha com o fermento ; juntar a manteiga fria aos pedaços; trabalhar rapidamente com as mãos até ficar um género de areia fininha; juntar o açucar (se se optar pela baunilha, coloca-se agora, com o açucar) e mexer bem.
Ao leite acrescentar as gotas de limão e só depois à farinha, com auxílio de uma faca; trabalhar, então, com as mãos até ficar ligado. Talhar biscoitos de cerca de 5 cm de diametro e cozer em forno a 220º, num tabuleiro forrado a papel de alumínio, mais ou menos 15 minutos.
Tentar não devorá-los todos ainda quentes, porque frios também são bons e conservam-se lindamente se bem acondicionados!!
Ao leite acrescentar as gotas de limão e só depois à farinha, com auxílio de uma faca; trabalhar, então, com as mãos até ficar ligado. Talhar biscoitos de cerca de 5 cm de diametro e cozer em forno a 220º, num tabuleiro forrado a papel de alumínio, mais ou menos 15 minutos.
Tentar não devorá-los todos ainda quentes, porque frios também são bons e conservam-se lindamente se bem acondicionados!!
Feira das Velharias
21.3.09
Poesia
[xvii]
in time of daffodils (who know
the goal of living is to grow)
forgetting why, remember how
in time of lilacs who proclaim
the aim of waking is to dream,
remember so (forgetting seem)
in time of roses (who amaze
our now and here paradise)
forgetting if, remember yes
in time of all sweet things beyond
whatever mind may comprehend,
remember seek (forgetting find)
and in a mystery to be
(when time from time shell set us free)
forgetting me, remember me
e.e. cummings, xix poems
20.3.09
Sweet Spring, thou turn'st
"Sweet Spring, thou turn'st with all thy goodly train,
thy head with flames, thy mantle bright with flow'rs:
The zephyrs curl the green locks of the plain,
The clouds for joy in pearls weep down their show'rs.
(...)"
thy head with flames, thy mantle bright with flow'rs:
The zephyrs curl the green locks of the plain,
The clouds for joy in pearls weep down their show'rs.
(...)"
William Drummond of Hawthornden, 1585-1649, English Verse, volume II, Chosen and edited by W. Peacock
Chegou a Primavera!
Batik em saco rectangular
19.3.09
18.3.09
Almofada de alfinetes
Uma prendinha da minha mommy, para substituir o meu paninho de jarro de água que foi acidentalmente (presume-se) janela fora! É linho bordado a Ponto de Cruz, com orla de Crochet! Um miminho de mãe.
E para ela um miminho meu... uma almofada de alfinetes em flor. É de sarja laranja tijolo, com as pétalas formadas a linha de algodão branca e botões sobrepostos a fazer o olhinho desta margarida, que foi forrada a algodão (acho que é o segura melhor as agulhas e alfinetes...)
Categorias:
Almofada,
Bordados,
Crochet,
Vida de Casa
17.3.09
Batik em saco circular
16.3.09
A brisa da Primavera
"Com um amplo semicírculo de espuma, e luzes cintilantes, e braços de água verde, o grande açude fechava o remanso de margem a margem, agitando toda a tranquila superfície com remoinhos, fazendo pairar listras de espuma e cobrindo todos os outros sons com o seu suave e solene rumor. A meio da corrente, envolta no tremeluzente abraço do açude, havia uma ilhota, ladeada de salgueiros, bétulas e amieiros. Tímida e reservada, mas cheia de sentido, escondia atrás daquele véu algo que parecia defender, guardando-o até chegar o momento e, com esse momento, os que fossem chamados e escolhidos."
O Vento nos Salgueiros, Kenneth Grahame, Trad. Júlio Henriques
13.3.09
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